Revelação, inspiração, e iluminação dentro do estudo sobre as sagradas escrituras são 3 conceitos inter-relacionados e essenciais no entendimento do processo de comunicação divina ao homem.
Logo abaixo tentaremos de forma breve e resumida uma explicação básica sobre esses três termos, e como eles “conversam”, juntamente com alguns textos bíblico apresentados.
Revelação
A revelação é o ato de Deus manifestar-se a si mesmo principalmente e especialmente pelas Escrituras Sagradas (a Bíblia), foco do nosso estudo aqui. A revelação diz respeito à exposição da verdade de Deus, e vai prende-se à origem ou fonte dessa verdade e à sua transmissão. Podemos dizer que a revelação é uma exposição totalmente objetiva onde Deus desvenda (revela) sua verdade ao homem.
Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus. (Êxodo 3:6)
Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. (Hebreus 1:1-2)
Inspiração
Já a inspiração tem a ver com o método divino de registrar a revelação da verdade dada por Deus. Precisamos dizer aqui, sobre tudo, que esta inspiração inclui a supervisão imprescindível do Espírito Santo garantindo que a produção dos textos sejam infalíveis e sem erros, sem que, por sua vez, o estilo dos escritores seja violentado. Assim, a inspiração é o meio pelo qual a revelação se tornou uma perfeita e infalível exposição aberta e objetiva da verdade de Deus.
Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, (2 Timóteo 3:16)
As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. (1 Coríntios 2:13)
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21)
Iluminação
Por fim, vamos ao conceito de iluminação. Embora a inspiração que traz a revelação escrita das verdades de Deus aos homens seja perfeita, ela não traz em si mesma garantia alguma de que os homens irão compreender o que é lido ou ouvido. Daí a importância da iluminação, que é a devida compreensão da verdade revelada e inspirada que foi descoberta. Como a iluminação ocupa-se na compreensão da verdade revelada, e devido à natureza pecaminosa e imperfeita do homem, torna-se necessário que haja iluminação, novamente por parte do Espírito Santo, no coração e na mente do crente para que este compreenda as coisas de Deus. Outro entendimento necessário é que a iluminação jamais pode ser confundida com a revelação e/ou inspiração, pois o leitor ao ser iluminado pelo Espírito Santo é capacitado a entender por meio dos textos inspirados as revelações de Deus, e não capacitado a produzir novas revelações.
Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. (1 Coríntios 2:6-16)
Conclusão
Em resumo: A revelação é o fato da comunicação divina; A inspiração é o meio; e a iluminação, o dom de compreender essa comunicação.
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